Abstract

A partir de uma problematização das representações sobre os povos indígenas presentes em coleções didáticas utilizadas no ensino de História, este artigo tem o objetivo de analisar o lugar social de produção do conhecimento sobre a história dos índios. Questiona-se a hegemonia de narrativas sobre história indígena, de caráter colonialista e construída a partir de versões não-indígenas, presentes nos livros didáticos de História. Ao lado disso, são valorizadas pesquisas e produções bibliográficas mais atualizadas, que buscam compreender o processo colonial por meio de versões indígenas, não somente a partir do campo da História, mas, também, dos campos da Arqueologia, da Etnologia e da Literatura de autoria indígena. A metodologia de pesquisa consistiu no levantamento e na análise crítica de estudos acadêmicos recentes nos campos da História e da educação indígena, assim como das narrativas que abordam histórias indígenas presentes nas coleções didáticas do segundo segmento do Ensino Fundamental aprovadas pelo Programa Nacional de Livros Didáticos do ano de 2017 (PNLD/2017). Por meio da crítica a uma história colonialista dos povos indígenas são apontados caminhos para a sua superação, utilizando pesquisas e narrativas construídas a partir das perspectivas dos próprios índios. Desse modo, pretende-se contribuir com a formação de professores nos cursos de Licenciatura em História, Pedagogia, Educação do Campo e Educação Indígena.

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