Abstract

No presente artigo pretende-se estudar a figura de D. Frei Agostinho da Anunciação, arcebispo de Goa (1691-1713), em dois aspetos principais. Por um lado, o seu percurso pessoal e académico, passando pela Ordem de Cristo e pela Universidade de Coimbra. Por outro, o seu papel enquanto arcebispo de Goa (1691-1713), mas também como governador temporal do Estado da Índia (1691-1692/3 e 1701-1702/3). Ao estudar este percurso individual, procura-se debater a visão historiográfica, que destacou o papel assumido pelo clero regular, que secundarizou a ação dos bispos, arcebispos e dioceses do império português no âmbito da árdua tarefa da evangelização dos territórios ultramarinos, particularmente no continente asiático.

Highlights

  • This article seeks to discuss the historiographical vision, by focussing on the action developed by the regular clergy, that devaluate the role and action of bishops, archbishops and Portuguese dioceses within the ambitious task of the evangelization in the overseas territories, in Asia

  • Oriundo de uma família distinta da região, cujos familiares, quer por via materna, quer por via paterna, ao longo de pelo menos duas gerações integraram tanto a Misericórdia com a Câmara da localidade5

  • H. Oliveira (dir.); LOPES, Maria de Jesus dos Mártires (coord.) (2006) – Nova História da Expansão Portuguesa

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Summary

Considerações finais

Frei Agostinho da Anunciação exemplifica o modelo de um bispo que, nunca esquecendo as heranças tridentinas do bispo que se quer pastor ao providenciar e orientar as suas ovelhas, foi também chamado a assumir funções políticas pela natureza do contexto específico em que se inseriu. Irmana-se à ação pastoral de arcebispos como D. Frei Francisco dos Mártires (1636-1652), ambos em contextos muito específicos pela natureza das funções assumidas no governo temporal do Estado da Índia, tomando parte em decisões de ordem vária, como se viu. Frei Agostinho da Anunciação, em Goa, enquanto arcebispo, marcado por continuidades e descontinuidades, singularidades e práticas comuns, revela como a elite dos. E como esta ação dos arcebispos se caracterizou por momentos de maior ou menor articulação com as ordens religiosas, que ali se instalaram num primeiro momento, ou até mesmo funcionaram como meio de exercício do poder por parte dos arcebispos, patente por exemplo nos conflitos, disputas ou delimitações jurisdicionais, a diversas escalas (por exemplo, com jesuítas, agostinhos, vigários da Proganda Fide, etc.)

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