Abstract
Este artigo discute a noção de “arte tradicional” e de “autenticidade”, correntes no discurso sobre a arte africana, a partir do estudo da arte escultórica dos WaMakonde do norte de Moçambique. Diferenciando-se da escultura dominante na África Austral, os Wa-Makonde, atualmente, esculpem segundo dois tipos básicos, chamados ujamaa e shetani, e utilizam o ébano como matéria-prima. Procura-se mostrar que esta arte, criada nos anos 50-60, é uma re-elaboração plástica de experiências coletivas e que ela pode ser considerada como uma visão de mundo na qual estão atualizados valores ancestrais.
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