Abstract

The morally aporetic end of Seneca’s Latin Medea puzzles the reader of the play. After having killed her two sons in an act of vengeance against Jason, the mythic female figure is raised to the heavens on a winged chariot toward a triumphal exit. How come that the repudiated and enraged woman turns out to be a kind of heroine for the Stoic playwright? It happens that for him virtus is not measured by good actions in the battlefield, but as a mental disposition to face ill fortune. In a range of occasions Seneca writes about the virtuous human being and his/her consistency of character. We deal in this article with Seneca’s Letter 120 on epistemology, the philosophical piece De providentia and the plays Medea and Hercules Furens in an attempt to elucidate the process through which the barbarous princess regains her identity, far from men, closer to the gods.

Highlights

  • morally aporetic end of Seneca's Latin Medea puzzles the reader of the play

  • the mythic female figure is raised to the heavens on a winged chariot

  • enraged woman turns out to be a kind of heroine for the Stoic playwright

Read more

Summary

Medeia monoikos

Na peça de Sêneca, em consonância com a tradição mitológica, o laço matrimonial desfeito alimenta a vingança amorosa, mas o expurgo de Medeia de seu núcleo familiar, o oikos, e o rejeição que sofre da comunidade grega caracterizam singularmente o isolamento da princesa bárbara. E o coro, nos versos que encerram o epitalâmio em louvor ao novo enlace, revela sua indisposição para com ela, denunciando a inadequação de Medeia àquele meio: Tacitis eat illa tenebris si qua peregrino nubit fugitiva marito (Med. 114-5). Helen Fyfe (1983), numa análise da peça latina, argumenta que o repúdio de Jasão provoca o colapso das balizas existenciais e morais de Medeia, porque instalada numa comunidade em que o louvor do coro ao luminoso matrimônio como instituição fundamental pressupõe uma ordem social civilizada da qual ela, com sua faceta bárbara e sombria, é a antítese. No Hercules Furens, Sêneca estabelece o conflito entre a virtus animosa exercida continuamente pelo herói e suas consequências desastrosas para o oikos e a estoica secura quies que Anfitrião, dublê humano do pai Zeus/. Ele afirma que “oikeíosis não é um ato de apropriação, mas uma disposição afetiva – a compreensão de que se participa de uma matriz relacional que transcende as noções tradicionais dos vínculos sociais” (Richter, 2011, p. 75). Essa matriz relacional é subjugada ao interesse da comunidade de um, monoikos, pelos protagonistas das peças latinas analisadas

Medeam agnosco
Medeia triumphans
Qual é a moral?
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call