Abstract

Resumo Após 10 anos de atividades na graduação em Saúde Coletiva, da mudança do perfil dos estudantes nas universidades públicas e da aprovação recente das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), cabe refletir sobre o modo como o ensino das ciências sociais e humanas em saúde (CSHS) tem sido realizado e quais são os desafios, dilemas e possibilidades existentes. Este ensaio apresenta reflexões sobre os desafios do ensino da antropologia no bacharelado em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e levanta questões sobre as DCN, apenas com a pretensão de colocar em debate o cotidiano e a prática da formação de sanitaristas. As reflexões partem da vivência nos encontros com estudantes do primeiro semestre, que demandam já de inicio compor o conjunto híbrido de saberes e práticas e se situar entre o polo reflexivo e o prático, entre o aplicado e o teórico, desenvolvendo estratégias que permitam sair do aplicado em direção ao implicado na produção do pensamento social em saúde e de suas práticas. Partem também das atividades indissociáveis entre ensino-pesquisa-extensão, trabalhadas nesses encontros em sala de aula e em territórios de aprendizagem, onde a construção do conhecimento é feita na intersubjetividade das relações, à qual ninguém chega desprovido de saberes e experiências.

Highlights

  • After 10 years of activity in the field of graduation in Public Health, changes in the profile of university students in public universities and the public inclusion policies and recent approval of curricular guidelines, it is necessary to reflect on how teaching Social and Human Sciences in Health has been accomplished in undergraduate courses, addressing the dilemmas and possibilities of existence

  • São inegáveis as contribuições da antropologia ao campo da saúde coletiva e à área da saúde como um todo – pois, ao combinar o interesse em compreender o mundo com a preocupação em desvendar os códigos culturais e interstícios sociais da vida cotidiana, contribui desvendando problemáticas que estão em pauta sobre a produção da diferença cultural e das desigualdades sociais, dos saberes e das práticas tradicionais, do patrimônio cultural e da inclusão social e, ainda, do desenvolvimento econômico e social (FELDMAN-BIANCO, 2011)

  • Para a antropologia, a saúde coletiva é um campo intenso de produção de conhecimentos e ação política, que podem ser combinados ou dissociados

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Summary

Introduction

After 10 years of activity in the field of graduation in Public Health, changes in the profile of university students in public universities and the public inclusion policies and recent approval of curricular guidelines, it is necessary to reflect on how teaching Social and Human Sciences in Health has been accomplished in undergraduate courses, addressing the dilemmas and possibilities of existence.

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