Abstract

Os Cuidados Paliativos (CP) visam à humanização do cuidado, à diminuição do sofrimento e à preservação da qualidade de vida do paciente em estado terminal e de sua família. Os objetivos foram conhecer os discursos e as práticas sobre os CP, e as dificuldades no exercício desses cuidados. O método foi quantiqualitativo. Os participantes foram profissionais de saúde e cuidadores NÃO profissionais (N=59) de dois hospitais de Campina Grande-PB. Os instrumentos foram um questionário e uma entrevista. A análise dos dados orientou-se pela análise da enunciação. A análise dos discursos mostrou que os CP são entendidos como práticas voltadas ao alívio da dor; ao amparo à família do paciente e ao uso de medicamentos. Existem dúvidas quanto aos fazeres do psicólogo nos CP, ainda que sejam efetuadas práticas correlatas. Este estudo foi relevante porque poderá indicar políticas públicas voltadas à promoção da qualidade de vida de pessoas com doenças terminais.

Highlights

  • The palliative care (PC) aims at humanization of care, at the decrease of suffering and at the preservation of the family and patient’s quality of life during his terminal illness

  • A discussão em nível mundial sobre os Cuidados Paliativos (CP) tem sido balizada pelo fenômeno do envelhecimento populacional e as consequentes mudanças nos quadros epidemiológicos observadas nas últimas décadas

  • A partir disso, Rodriguez-Marín (2003) elenca seis tarefas básicas referentes à prática do psicólogo no contexto hospitalar: a) função de coordenação – relativa às atividades com os funcionários do hospital; b) função de ajuda à adaptação – na qual o psicólogo intervém na qualidade do processo de adaptação e recuperação do paciente internado; c) função de interconsulta: atua como consultor, ajudando outros profissionais a lidarem com o paciente; d) função de enlace: intervenção, através do delineamento e execução de programas junto com outros profissionais, para modificar ou instalar comportamentos adequados aos pacientes; e) função assistencial direta: atua diretamente com o paciente, e f) função de gestão de recursos humanos: para aprimorar os serviços dos profissionais da organização

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Summary

Introdução

A discussão em nível mundial sobre os Cuidados Paliativos (CP) tem sido balizada pelo fenômeno do envelhecimento populacional e as consequentes mudanças nos quadros epidemiológicos observadas nas últimas décadas. Tal transformação afeta também as práticas de saúde dos diversos seguimentos profissionais, pondo em evidência a necessidade de adaptação de novas tecnologias em saúde para atender às demandas desse novo perfil epidemiológico. Os Cuidados Paliativos não são práticas exclusivas dos quadros de doenças crônicas, degenerativas e do envelhecimento. E serviu de cimento para a construção dessa investigação que teve como objetivo principal conhecer os discursos sobre os CP circulantes entre profissionais de saúde e cuidadores NÃO profissionais. Especificamente, se quis identificar os desafios enfrentados pelos diversos profissionais da saúde, no processo de cuidar de enfermos terminais; conhecer as di-. H Esta pesquisa recebeu apoio técnico da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e do CNPq

Cuidados Paliativos: histórico e definições
Cuidados Paliativos no Brasil
O psicólogo no contexto hospitalar: inserção e atuação
Método de abordagem
Perfil das amostras
Conclusões
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