Abstract

RESUMO Introdução: avaliar a necessidade da tomografia computadorizada (TC) para definição de condutas em trauma abdominal pediátrico. Métodos: estudo observacional retrospectivo com pacientes menores de 18 anos vítimas de trauma abdominal contuso ou penetrante e que realizaram TC de abdome e pelve na admissão. Avaliou-se achados das tomografias, condutas e justificativas para indicação da TC. Foram calculados sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo de fatores clínicos e energia do trauma para alterações na TC. Resultados: dentre os 236 pacientes incluídos, 72% (n=170) não apresentaram alterações na TC. Foi realizado tratamento cirúrgico em 15% (n=10), tratamento conservador em 54,5% (n=36) e 27% (n=18) não receberam tratamento por lesões abdominais. Na avaliação das indicações de TC, 28,8% (n=68) não apresentavam nenhuma justificativa, sendo que nesse grupo 91% (n=62) resultaram em ausência de achados. Dentre os seis pacientes com achados positivos, metade recebeu tratamento conservador, enquanto o restante não necessitou de tratamento por lesões abdominais. A presença de dor abdominal, alteração hemodinâmica e trauma contuso de alta energia apresentaram baixos valores preditivos positivos de forma isolada, enquanto os valores preditivos negativos foram mais altos. Conclusão: apesar de a TC ser necessária e justificável em alguns casos, há um possível excesso de tomografias dispensáveis para definição de condutas em população pediátrica.

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