Abstract
RESUMO Na historiografia tradicional, a elite eclesiástica tardo-antiga exercia ampla autoridade e gozava de prestígio sendo capaz de influenciar imperadores em determinados acontecimentos. Um dos exemplos mais evocados, que evidenciaria o poder dos bispos, é o narrado por João Crisóstomo sobre a influência do bispo Flaviano junto Teodósio no conflito do Levante das Estátuas (387 d.C.). No presente artigo, argumentamos que os bispos ainda não exerciam tal influência no contexto do século IV. Para tanto, recorremos ao debate sobre o episkopeion a partir das evidências arqueológicas.No século IV, não há indícios da existência de residências episcopais definidas, separadas do espaço da Igreja - estas somente se desenvolveram entre os séculos V e VI. Isso significaria pensar que aquele desenvolvimento estivesse relacionado à ampliação gradual do prestígio e da atuação sociopolítica do bispo (CEYLAN, 2005, p. 170; MARANO, 2005, p. 97). Logo, refletiremos sobre o caso do bispo Flaviano e sua interferência no Levante das Estátuas de modo a definir os parâmetros do poder episcopal antioqueno no século IV.
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