Abstract

A crise econômica internacional desencadeada em 2008 produziu enormes efeitos sobre as migrações mundiais. Alguns estudos têm sido dedicados a esta temática. O objetivo deste artigo é refletir e discutir sobre a existência de um possível fluxo de retorno dos imigrantes brasileiros em Portugal ao país de origem. Os resultados desta investigação apontam para uma desaceleração do fluxo de entrada em Portugal, uma propensão significativa ao retorno, mas um volume efetivo de retorno inferior ao que seria teoricamente de esperar.

Highlights

  • A crise econômica internacional desencadeada em 2008 produziu enormes efeitos sobre as migrações mundiais

  • Crise econômica e retorno dos imigrantes brasileiros em Portugal irregulares, foram os mais afetados; que o volume de remessas abrandou ligeiramente, apesar de revelar uma mais forte resiliência do que outros fluxos financeiros; e que o retorno de imigrantes foi escasso, por o impacto da crise nos países de origem ter sido frequentemente mais intenso do que nos países de destino

  • A taxa de desemprego dos estrangeiros atingiu os 18,8% em 2010, um valor muito mais elevado do que os 10,8% da população total

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Summary

Contexto econômico

A nível internacional, a crise iniciou-se em 2008 com a falência do tradicional banco norte-americano de investimentos Lehman Brothers, fundado em 1850. Ao analisar Portugal, o cenário econômico não foi totalmente diferente, apresentando indicadores econômicos e de crescimento em baixa nos últimos anos, em consequência da recessão. O círculo vicioso se formou, ao apresentar baixo crescimento e alta necessidade de financiamento externo, além de ter se agravado pela crise internacional de 2008/2009, que encontrou Portugal numa situação vulnerável. Observando a taxa de crescimento do PIB no final da década de 1990, Portugal apresentou um crescimento mais pujante do que a média da União Europeia, chegando a atingir uma taxa de 5% ao ano em 1998. A partir de 2008 a situação agravou-se, atingindo-se um crescimento nulo nessa data e negativo, de -2,5%, em 2009, ainda assim ligeiramente mais favorável do que a média da União Europeia. Face às dificuldades financeiras do país, está prevista uma nova recessão em 2011 e 2012

Operadores máquinas e trabalhadores da montagem
Fluxos de entrada
Desemprego e proteção social
Intenção de retorno
Considerações Finais
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