Abstract
OBJETIVOS: Estudar a população internada em um hospital de custódia no Rio de Janeiro quanto a aspectos demográficos, diagnósticos e criminais. MÉTODOS: Todos os internos cumprindo medida de segurança detentiva no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho, em dezembro de 2007, (n = 177) foram avaliados pelo censo sociodemográfico aplicado por psiquiatras da instituição e tiveram seus prontuários analisados quanto a diagnóstico, tratamento psiquiátrico prévio e tipo de crime. Foi avaliada a relação entre vítima e perpetrador nos homicídios. RESULTADOS: A população é preferencialmente masculina (80%), solteira (72%), com 30 a 39 anos de idade (34%), baixa escolaridade (69%) e inativa (56%). Os diagnósticos mais prevalentes foram transtornos psicóticos (67%), seguidos por retardo mental (15,2%), transtornos em virtude de uso de substâncias psicoativas (7,3%), de personalidade (4,5%) e outros (6,2%). A maioria (71%) já havia recebido tratamento psiquiátrico prévio. O homicídio foi o crime mais comum (44%), seguido por crimes contra o patrimônio (26%), crimes sexuais (11%), crimes relacionados a entorpecentes (11%) e outros. O homicídio intrafamiliar predominou entre os psicóticos e os portadores de retardo mental. Os últimos cometeram proporcionalmente mais crimes sexuais do que os primeiros. CONCLUSÃO: O perfil da população foi compatível com o descrito para outras populações de internos em hospitais de custódia no país.
Highlights
ARTIGO ORIGINAL substances (7,3%), personality disorders (4,5%), among others
Murder was the most common crime (44%) followed by crimes against property (26%), sex crimes (11%), related to drugs (11%) and others
Intrafamiliar murder was prevailing amongst mentally retarded population and psychotics
Summary
ARTIGO ORIGINAL substances (7,3%), personality disorders (4,5%), among others. Most of them (71%) had been under previous psychiatric treatment. Três internos foram classificados como portadores de transtorno bipolar do humor, um dos quais com retardo mental leve como diagnóstico secundário. Oito internos foram classificados como portadores de transtorno de personalidade, dos quais um recebeu diagnóstico adicional de epilepsia e um de transtorno por causa do uso de substâncias psicoativas.
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