Abstract
A pesquisa de onde este trabalho se origina investiga, a partir de práticas comunicacionais, a aceleração dos processos que constroem socialmente a infância. Nesse sentido, este artigo objetiva verificar a que infância fazem referência os discursos que negam, na performance de MC Melody, cantora de funk de oito anos, uma “vida de criança”. Serão analisados os comentários de internautas feitos em relação a uma reportagem do programa Domingo Espetacular (Rede Record) baseada na seguinte questão: “uma criança pode cantar e dançar funk?”. Com base na proposta da teoria fundamentada, a análise revelou, dentre outras coisas, que as críticas à cantora mirim e a sua família, principalmente seu pai, estão embasadas em uma concepção moderna de infância.
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