Abstract

Este artigo aborda crianças em situação de deslocamento/refúgio, em busca da compreensão de suas experiências. Analisa, ainda, documentos disponíveis no site do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) - Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados, na proposta de construir os significados da palavra “criança(s)”, bebê(s)” e “infância(s)” presentes nos textos e que retratam a maneira como são concebidos esses sujeitos de pouca idade pelas sociedades que os acolhem.

Highlights

  • Este texto, escrito inicialmente a algumas mãos, é fruto de um encontro, um encontro de pesquisas em momentos distintos de suas execuções, mas que se estruturam em torno de um objetivo comum: construir compreensões e propor ações sobre as crianças e seus deslocamentos espaciais[1]

  • A potência das crianças parece ser percebida de maneira ambígua, situam-se muitas vezes nas interfaces das infâncias anteriores abordadas ou em outras como meras acompanhantes de infortúnio dos adultos, mas também podem (e devem) assumir lugar de relevância na sua inserção numa nova comunidade, inclusive, linguística

  • Denominados de construção das memórias infantis, destacam-se no material analisado, por trazerem as crianças falando por si, ainda que tais exemplos sejam retirados de uma bibliografia externa aos textos disponíveis nas publicações consultadas e apresentem o adulto em questão – a mãe como condutora da conversa

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Summary

A CRIANÇA E A INFÂNCIA AMEAÇADA

A maior incidência do termo criança nos textos pesquisados remete a um sujeito de direitos, mas direitos permanentemente ameaçados. Essa decisão foi combinada com a proteção do interesse superior do menor, o qual não tinha mais parentes em Angola e já havia crescido no Brasil. A imagem dos naufrágios das embarcações que se dirigiam à ilha de Lampedusa na Itália trazem a dor de adultos e crianças submetidos a riscos incalculáveis, mas, ainda assim, enfrentados em busca de uma existência digna. A política do governo Trump de processar os adultos que entram ilegalmente nos EUA obriga a separação das crianças, uma vez que os pais, detidos com acusações criminais, não podem permanecer com seus filhos. Certamente, mostra que não só o percurso, mas o destino escolhido, podem ser extremamente violentos, fazendo das crianças vítimas de uma política de exclusão e evidenciando crianças de diversas nacionalidades compartilhando infâncias em constantes ameaças

A CRIANÇA E A INFÂNCIA VIOLENTA
A CRIANÇA E A INFÂNCIA POTENTE
C: Na barraca!
A CRIANÇA E A INFÂNCIA INSTRUMENTALIZADA
Brasília
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