Abstract
Objetivos: Analisar o tempo e os movimentos realizados pelos enfermeiros na troca de equipamentos de proteção individual durante plantões de 12 horas junto a pessoas contaminadas pelo COVID-19 e; Discutir sobre as implicações da paramentação com equipamentos de proteção individual para os enfermeiros na prática de cuidar de pessoas contaminadas pelo COVID-19. Metodologia: Trata-se de estudo pautado no método de análise fílmica de vídeos, realizado nos meses de abril e maio de 2020. O método permite a avaliação de procedimentos, situações práticas ou eventualidades nas imagens produzidas, compreendendo-se que a imagem se configura componente pré-texto para reflexão e, buscando elementos significativos que representem determinados traços da vida social. Resultados: Evidenciam a necessidade de realizar centenas de movimentos repetitivos para que sejam possíveis as trocas de entrada e saída do plantão, assomada às trocas para se alimentar e fazer suas necessidades fisiológicas, exigindo esforço físico e desgaste emocional, associados à falta de recursos de proteção individual, riscos iminentes de contrair a doença e medo de morrer. Conclusão: Florence Nightingale tinha razão quando afirmou que a Enfermagem é a principal barreira de proteção dos pacientes, porém, para que a equipe de Enfermagem atue na linha de frente do cuidado na atual pandemia, a disponibilidade de equipamentos de proteção individual se apresenta condição essencial. Promovendo a segurança desses profissionais e o controle da disseminação da doença no meio ambiente, assim como, propiciando condições favoráveis para que a natureza exerça seu papel de cura das pessoas infectadas pelo vírus.
Highlights
COVID-19 nos movimentos de paramentação de vestir-se e desvestir-se dos enfermeiros: nightingale, a pioneira, tinha razão!
Resultados: Evidenciam a necessidade de realizar centenas de movimentos repetitivos para que sejam possíveis as trocas de entrada e saída do plantão, assomada às trocas para se alimentar e fazer suas necessidades fisiológicas, exigindo esforço físico e desgaste emocional, associados à falta de recursos de proteção individual, riscos iminentes de contrair a doença e medo de morrer
A simulação de 10 enfermeiros para atuar na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) resulta da sua multiplicação pelo número de movimentos de cada profissional (10 x 35 = 350 para vestir; 10 x 35 = 350 para desvestir; 10 x 70 = 700 para se alimentar, e por fim, 10 x 70 = 700 para necessidades fisiológicas), totalizando 2.100 movimentos durante plantão de 12 horas em unidade de tratamento intensivo para pessoas infectadas pelo COVID-19
Summary
É oportuno contextualizar que a comunidade científica internacional é uníssona na tese de que os coronavírus são patógenos com um sério impacto na saúde humana e animal. Os profissionais de saúde correm alto risco de adquirir emergentes doenças ao cuidar dos pacientes suspeitos e confirmados de coronavírus. Se espera que os serviços de saúde elaborem, disponibilizem de forma escrita e mantenham disponíveis, normas e rotinas dos procedimentos envolvidos na assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo COVID-19, tais como: fluxo dos pacientes dentro do serviço de saúde, procedimentos de colocação e retirada de EPI, procedimentos de remoção e processamento de roupas/artigos e produtos utilizados na assistência, rotinas de limpeza e desinfecção de superfícies, rotinas para remoção dos resíduos (Brasil, 2020a).
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