Abstract
Introdução O papel da oclusão como fator etiológico das disfunções temporomandibulares (DTMs) tem sido um assunto polêmico e ainda controverso. Objetivo Avaliar a correlação entre sinais e sintomas da disfunção temporomandibular e a severidade da má oclusão. Método Foram avaliados 135 estudantes de Odontologia da UFPB. A presença de DTM foi estimada através do Índice Anamnésico de Fonseca (DMF) e de questões objetivas sobre seus sintomas. Os estudantes também foram submetidos a um protocolo resumido de avaliação clínica de DTM. A avaliação dos fatores oclusais foi realizada através do Índice de Prioridade de Tratamento (IPT) aplicado a modelos de gesso dos arcos dentários superior e inferior. As diferenças entre as médias do IPT relacionadas aos sinais e sintomas de DTM foram determinadas por meio dos testes t e One-way ANOVA. As correlações entre os fatores oclusais e a DTM foram determinadas a partir de correlação de Pearson. Resultado A severidade da má oclusão, segundo o IPT, não influenciou no surgimento de DTM e de sinais clínicos musculares ou articulares, e na necessidade de tratamento. A má oclusão de classe II, trespasse vertical acentuado e dentes girados foram estatisticamente correlacionados à necessidade de tratamento e aos sinais clínicos de DTM. Conclusão Em modelos multifatoriais, como na fisiopatologia da DTM, a oclusão pode desempenhar um papel de cofator na predisposição ou perpetuar as diferentes formas de DTM, não devendo ser considerada fator principal.
Highlights
The role of occlusion as an etiologic factor of temporomandibular disorders (TMD) has been polemic and still controversial
The presence of TMD was estimated by Fonseca's Anamnestic Index
Students were also submitted to a summarized protocol for clinical evaluation
Summary
Correlação entre sinais e sintomas da Disfunção Temporomandibular (DTM) e severidade da má oclusão. Objetivo: Avaliar a correlação entre sinais e sintomas da disfunção temporomandibular e a severidade da má oclusão. A avaliação dos fatores oclusais foi realizada através do Índice de Prioridade de Tratamento (IPT) aplicado a modelos de gesso dos arcos dentários superior e inferior. As diferenças entre as médias do IPT relacionadas aos sinais e sintomas de DTM foram determinadas por meio dos testes t e One-way ANOVA. Resultado: A severidade da má oclusão, segundo o IPT, não influenciou no surgimento de DTM e de sinais clínicos musculares ou articulares, e na necessidade de tratamento. A má oclusão de classe II, trespasse vertical acentuado e dentes girados foram estatisticamente correlacionados à necessidade de tratamento e aos sinais clínicos de DTM.
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