Abstract

Com base em um estudo etnoarqueológico sobre a tecnologia dos trançados dos povos do rio Mapuera (noroeste do Pará), este artigo discute materiais e o conceito moderno de cultura material, submetendo-os a cosmovisões e ontologias ameríndias. Articulando conceitos de cosmopolítica, ecologia das práticas, transdução e individuação, argumentar-se-á que trançar não é um saber-fazer exclusivamente humano. Trançados são corpos feitos basicamente de vegetais metamorfoseados e suas vidas emergem de operações técnicas permeadas de negociações. A agência dos trançados vincula-se às suas respectivas corporalidades e às subjetividades e potências de parte dos vegetais que compõe seus corpos. Embora perecíveis, trançados são persistentes na vida dos povos ameríndios do rio Mapuera.

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