Abstract

Este trabalho investiga a relação entre a elisão fiscal empresarial e o valor da firma no Brasil. Embora se possa esperar que as práticas de elisão fiscal resultem em geração de valor para o acionista, teorias alternativas sugerem que isto nem sempre ocorre; custos de agência implícitos, detectados recentemente pela literatura, podem exceder os benefícios da economia tributária, causando destruição de valor. Para verificar o que ocorre, foi conduzida uma análise de dados em painel incluindo 323 companhias negociadas em bolsa nos anos de 2006 a 2012, totalizando 1.704 observações do tipo firma-ano. Foram adotados a BTD, controlada por accruals, como proxy para a elisão fiscal e o q de Tobin como proxy para valor da firma. Os resultados mostram que a elisão fiscal e o valor da firma estão negativamente associados. Avaliou-se também o efeito da governança corporativa, encontrando-se evidências limitadas de que ela pode mitigar a destruição de valor.

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