Abstract

Resumo Por meio do corpo, o sexo pode ser lugar de ganho e de negócio, o que o configura em uma dimensão mercadológica e em espaço de circulação do desejo. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é analisar as representações ficcionais do corpo-prostituto em carreira do personagem Benício (garoto de programa, gigolô) e as relações estabelecidas entre ele e os clientes homossexuais no romance As flores do jardim da nossa casa (2007), de Marco Lacerda. Para tanto, nosso aporte teórico-crítico buscou uma aproximação e interlocução entre estudos literários e culturais. As análises empreendidas permitiram-nos asseverar que há: um processo generificado no/do negócio do sexo por meio da monetização da masculinidade hegemônica; a explicitação de problemáticas sociais na instância da saúde pública pela vulnerabilidade de contaminação às infecções sexualmente transmissíveis/HIV/aids; e a ocorrência de relações e jogos de poder entre os sujeitos coparticipantes do mercado do sexo evidenciados por tensões e cruzamentos etário (jovem/velho), somático (padrões de corporeidade hegemônica/corpos abjetos) e socioeconômico (classes sociais díspares).

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