Abstract

Este trabalho tem por objetivo discutir como ocorre o processo de construção social do sujeito militar e os mecanismos de controle subjacentes a essa socialização. Resultado de uma pesquisa de mestrado, a análise aborda o corpo como elemento central desse processo, devido ao seu caráter performático na atividade militar. Nesse sentido, autores como Pierre Bourdieu e sua articulação campo-habitus como elemento de reprodução do social, em conjunto com as reflexões de Michel Foucault sobre o poder disciplinar e as tecnologias de docilização dos corpos, nos ajudam a compreender como se processam esses corpos, a partir de uma tecnologização inerente à socialização militar. A metodologia utilizada foi o estudo de caso com a observação não-participante, entrevistas em profundidade e análise documental e de conteúdo. Com base nos resultados, concluímos que há uma variação nas formas de dominação, no sentido de privilegiar técnicas que vão desde uma pedagogia corporal para os soldados, até uma pedagogia moral para os oficiais, como principais instrumentos que visam, sobretudo, a uma espécie de dominação total do sujeito, ou seja, possuí-lo de corpo e alma na organização militar.

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