Abstract

O objetivo deste artigo é investigar a linguagem utilizada por Elena Ferrante no romance Dias de abandono para retratar as mudanças psíquicas vivenciadas pela protagonista Olga. Ferrante apresenta a jornada emocional de uma mulher abandonada por meio de uma escrita consciente e distante. Tal linguagem transmite a intensidade dos sentimentos de Olga sem recorrer a recursos tradicionais que situariam o psicológico da protagonista em um espaço que, aparentemente, evidenciaria um retrato fiel dos momentos vividos. A pesquisa buscará compreender como essa estratégia estilística de deslocamento psicológico contribui para evidenciar a angústia e a solidão da personagem central. Com base em investigações no próprio texto e referências teóricas pertinentes, almeja-se oferecer novas perspectivas para a compreensão desta narrativa e de sua autora.

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