Abstract

Resumo Objetivo Este artigo propõe repensar a psicologia social a partir dos saberes indígenas, considerando que eles interrogam as políticas de subjetivação derivadas da concepção binária de natureza e cultura que fundamenta a modernidade. Método Trata-se de um artigo teórico que analisa as contribuições indígenas para a descolonização do pensamento psicológico, considerando o contexto das mudanças climáticas. É problematizada a abrangência do que se entende como social, assim como a quem a subjetividade é atribuída ou não na psicologia. Resultados A psicologia reproduz as dicotomias ocidentais ao basear-se numa natureza fixa, externa a si, cujo social é concebido a partir do excepcionalismo humano. Para os povos que compreendem a vida como efeito de relacionalidades entre seres humanos e não-humanos, essas categorias não fazem o menor sentido. Conclusão A complexidade dos saberes e o protagonismo indígena frente às lutas por terra e território num contexto de mudanças climáticas apontam para a urgência de reterritorialização da psicologia social.

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