Abstract

O artigo tem o propósito de discutir a potência da construção mediada de instrumentos de avaliação de aprendizagem entre professores do ensino comum e do Atendimento Educacional Especializado – AEE para a inclusão escolar. Argumenta-se que a avaliação tem sido um dos gaps nas práticas de escolarização de alunos público-alvo da educação especial na escola comum, gerada em grande parte pela persistência de determinadas formas de pensamento e de organização da cultura escolar (Prosser, 1999; Dussel, 2014), as quais aprofundam a cisão entre o trabalho do professor do AEE e o da sala comum de ensino. As práticas de avaliação no AEE e na sala comum têm sido exiladas uma das outras e, nesse contexto, também se exila e se torna invisível o aluno. Esta problemática conduziu a um trabalho de pesquisa colaborativa, para a construção coletiva e mediada do Plano Colaborativo de Atendimento Educacional para uma aluna com deficiência intelectual do 6º ano do ensino fundamental. Participaram da investigação sete professores dos anos finais do ensino fundamental, - Língua Portuguesa, Geografia, História, Matemática, Arte, Ciências, Educação Física - e dois da educação especial que juntos desenvolveram dinâmicas de estudo e definição de conceitos, procedimentos e instrumentos diferenciados de avaliação pedagógica do aluno com deficiência matriculado em suas classes. Os resultados evidenciaram experiências compartilhadas de discussão sobre o modo de aprendizagem do aluno com deficiência intelectual e a concepção coletiva de um instrumento de planejamento e avaliação dimensionado para a sua efetiva participação e sucesso na escola de educação básica.

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