Abstract

Objetivo: identificar os conhecimentos dos agentes comunitários de saúde (ACS), do município de Passo Fundo sobre o crack e outras drogas e descrever os perfis sociodemográfico e de saúde. Métodos: estudo descritivo realizado com 78 ACS de Passo Fundo. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de um questionário estruturado e autoaplicável sobre dados demográficos e de saúde dos ACS, e de um questionário de investigação dos conhecimentos sobre crack e demais drogas. Foram realizados análise descritiva, teste de Tukey e correlações lineares de Pearson e Spearman. Resultados: todos os ACS eram do sexo feminino, com idade média de 41,1±9,6 anos, sendo que 57,7% delas possuíam o ensino médio completo e 69,2% eram casadas. Além disso, 11,5% eram tabagistas, 93,6% negaram dependência ao álcool, e a maioria tinha dependentes químicos em sua área de abrangência. Metade delas apresentou problemas familiares. Em relação à saúde, 29,5% obtiveram SRQ com pontuação sugerindo possibilidade de Transtornos Mentais Comuns, e 51,3% afirmaram ser portadoras de doenças crônicas. A prova de conhecimentos obteve 34,5% de média de acertos, sendo o maior número de respostas corretas entre as ACS com maior escolaridade (p=0,006). Conclusão: o baixo número de acertos em teste de conhecimento evidencia uma necessidade urgente: a de reforçar a formação das ACS. O perfil específico dessas profissionais suscita a necessidade de maior atenção à sua saúde, bem como de novas pesquisas na área.

Highlights

  • Objective: to identify the knowledge of community health agents (CHA) of the city of Passo Fundo on crack and other drugs and to describe their sociodemographic and health profiles

  • Em relação ao número de acertos para conteúdos específicos sobre crack e outras drogas no questionário, identificou-se a média de 30,1% em definições e classificação do uso de drogas; 22,2% em reconhecimento dos efeitos do uso e do abuso por meio de sinais e sintomas apresentados pelos usuários; 14,5% em estágios de mudança do dependente químico e entrevista motivacional; 26,4% em encaminhamento para unidades de saúde e outros apoiadores; 28,2% em redução de danos; 20,5% em opções de tratamento; 6,4% em instrumentos de triagem e prevenção; e 23,8% em legislação sobre drogadição

  • Silva[17] também aplicou o SRQ-20, mesmo instrumento utilizado no presente estudo, e encontrou, em agentes de saúde de São Paulo, uma prevalência de casos de transtornos mentais comuns de 43,3%, valor mais elevado do que em Passo Fundo

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Summary

ARTIGOS ORIGINAIS

Conhecimentos dos agentes comunitários de saúde sobre crack e outras drogas Community health workers’ knowledge about crack and other drugs. Objetivo: identificar os conhecimentos dos agentes comunitários de saúde (ACS), do município de Passo Fundo sobre o crack e outras drogas e descrever seus perfis sociodemográfico e de saúde. Resultados: todos os ACS eram do sexo feminino, com idade média de 41,1±9,6 anos, sendo que 57,7% delas possuíam o ensino médio completo e 69,2% eram casadas. A prova de conhecimentos obteve 34,5% de média de acertos, sendo o maior número de respostas corretas entre as ACS com maior escolaridade (p=0,006). Conclusão: o baixo número de acertos em teste de conhecimento evidencia uma necessidade urgente: a de reforçar a formação das ACS. O perfil específico dessas profissionais suscita a necessidade de maior atenção à sua saúde, bem como de novas pesquisas na área

Agentes comunitários de saúde e drogas
Extrato social
Percepção quanto à necessidade de capacitação em drogadição
Findings
Ensino superior
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