Abstract

OBJETIVO: Verificar o conhecimento da população sobre o transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e de médicos, psicólogos e educadores sobre aspectos clínicos do transtorno. MÉTODOS: 2.117 indivíduos com idade > 16 anos, 500 educadores, 405 médicos (128 clínicos gerais, 45 neurologistas, 30 neuropediatras, 72 pediatras, 130 psiquiatras) e 100 psicólogos foram entrevistados pelo Instituto Datafolha. A amostra da população foi estratificada por região geográfica, com controle de cotas de sexo e idade. A abordagem foi pessoal. Para os profissionais (amostra aleatória simples), os dados foram coletados por telefone em Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. resultados: Na população, > 50% acreditavam que medicação para TDAH causa dependência, que TDAH resulta de pais ausentes, que esporte é melhor do que drogas como tratamento e que é viável o tratamento psicoterápico sem medicamentos. Dos educadores, > 50% acreditavam que TDAH resulta de pais ausentes, que tratamento psicoterápico basta e que os esportes substituem os medicamentos. Entre psicólogos, > 50% acreditavam que o tratamento pode ser somente psicoterápico. Dos médicos, > 50% de pediatras e neurologistas acreditavam que TDAH resulta de pais ausentes. CONCLUSÕES: Todos os grupos relataram crenças não respaldadas cientificamente, que podem contribuir para diagnóstico e tratamento inadequados. É urgente capacitar profissionais e estabelecer um programa de informação sobre TDAH para pais e escolas.

Highlights

  • 2,117 individuals, 500 teachers, 405 physicians (128 general practitioners, 45 neurologists, 30 neuropediatricians, 72 pediatricians, 130 psychiatrists) and 100 psychologists were interviewed by an independent research institute (Datafolha)

  • Face-to-face interviews were conducted with a population sample stratified by geographic

  • As principais fontes de informação sobre transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) no caso dos educadores foram escola/faculdade (35%), livros (32%), revistas (27%), jornal (17%) e palestras/seminários/congressos/simpósios (13%)

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Artigo original

Key-words Attention deficit disorder with hyperactivity, health knowledge, attitudes, practice. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi investigar o nível de informação da população leiga e de médicos, psicólogos e educadores brasileiros sobre (i) os atributos clínicos do TDAH (ii), o diagnóstico de TDAH e (iii) o manejo e o tratamento dos portadores de TDAH. A amostra foi desproporcionalizada, com 10 entrevistas em cada uma das 10 capitais, sendo a seleção dos respondentes aleatória simples em cadastro construído pelo Datafolha. Investigou-se, ainda, a opinião dos entrevistados acerca dos atributos clínicos do TDAH, as fontes de informação sobre o tema, as condutas diagnósticas utilizadas por médicos e psicólogos, o tipo de tratamento recomendado e a fonte de indicação para tratamento (quem “identifica” o transtorno e sugere ao paciente que procure ajuda profissional). A tabela 1 apresenta as principais informações demográficas da população em geral, enquanto a tabela 2 mostra os dados de sexo e idade para os outros grupos estudados

Nível de informação da população em geral sobre TDAH
TDAH é uma doença e deve ser tratada com medicamentos
Conhecimento dos profissionais sobre aspectos clínicos do TDAH
Diagnóstico de TDAH
Manejo e tratamento do TDAH
Findings
Efeito colateral da medicação
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