Abstract

O estudo verificou o nível de conhecimento do corpo docente e discente de um curso de Odontologia acerca dos aspectos éticos e legais envolvidos na obtenção e manipulação de elementos dentários humanos extraídos. Foi aplicado um questionário semiestruturado aos docentes e discentes a partir do 2º período, por se constituírem os usuários de dentes humanos nas atividades de ensino pré-clínico e de pesquisa. Os dados foram analisados utilizando-se a estatística descritiva para as perguntas fechadas, além do Discurso do Sujeito Coletivo para as perguntas abertas. Participaram 51 docentes de um total de 55 e 201 discentes do total de 288, dos quais 72,55% e 72,60%, respectivamente, reconheceram o elemento dentário como um órgão. Quanto à forma de obtenção, 39,49% dos discentes relataram obter os dentes em consultórios odontológicos e 33,76% em unidades de saúde, sendo que 91,04% destes e 80,39% dos docentes desconhecem qualquer tipo de comercialização. Em relação à biossegurança, tanto os discentes (78,61%) quanto os docentes (90,20%) reconhecem o risco biológico na manipulação desses elementos e realizam algum tipo de desinfecção. Considerando-se os aspectos legais, 68,63% dos docentes e 20,10% dos discentes afirmaram ter conhecimento da existência de uma regulamentação, o que não se refletiu de forma explícita nas respostas obtidas. Do material textual gerado pelas perguntas abertas emergiram três categorias (forma de obtenção dos dentes utilizados, comercialização de dentes e risco biológico), interpretadas à luz de discursos agregados dos segmentos (docentes e discentes) entrevistados. Pode-se concluir que tanto docentes quanto discentes apresentaram conhecimento incipiente sobre os aspectos legais que envolvem a obtenção e manipulação de elementos dentários humanos extraídos.

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