Abstract

O artigo, de natureza comparatista, propõe-se a refletir acerca das noções de espaço e fronteira, nos contos “A outra margem”, de Luciano Serafim (2003), e “A terceira margem do rio”, de Guimarães Rosa (2001). Para tal, elucidaremos a própria ideia de “margem”, a fim de perceber como esta noção se configura a partir dos lugares de enunciação dos objetos em estudo. Baseado numa perspectiva da crítica cultural latino-americana, o artigo busca evidenciar os aspectos de regionalismo crítico e identidade cultural na literatura produzida no Mato Grosso do Sul, tomando como aporte teórico, especialmente, os estudos sobre região desenvolvidos por Bourdieu (1989), bem como as importantes contribuições de Kaliman (1994), Santiago (2000) e Santos (2008, 2009), acerca do regional e dos estudos culturais. Posterior e finalmente, faz-se uma leitura contrastiva das “margens” (enquanto conceito e tal qual se apresentam nas narrativas), adotando um enfoque dos estudos fenomenológicos de Bachelard (1997; 2008) para lançar luz às espacialidades representadas nos contos e as respectivas enunciações destes lugares.

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