Abstract

O Maciço Capela é intrusivo nas rochas metassedimentares do Domínio Macururé, Sistema Orogênico Sergipano, no sul da Província Borborema. Ele é constituído por dioritos, hornblenditos, gabros e granitos, que hospedam enclaves tonalíticos e hornblendíticos. As formas e os contatos dos enclaves tonalíticos, aliados à presença de texturas de zoneamento inverso e oscilatório em cristais de plagioclásio e ao hábito acicular da apatita nos enclaves e dioritos sugerem coexistência de magmas máfico e félsico. Os piroxênios identificados nos gabros apresentam composições de enstatita, augita e diopsídio. Os anfibólios das rochas máficas são cálcicos e correspondem a pargasita, tschermakita e magnésio-hornblenda. A mica marrom dos hornblenditos, gabros e dioritos é rica na molécula de flogopita, enquanto a dos granitos é mais enriquecida em ferro. A granada, de ocorrência restrita aos hornblenditos e dioritos, é rica na molécula de almandina. O plagioclásio varia de albita a bytownita e o feldspato potássico é a microclina. A presença de titanita e epídoto magmáticos, coexistentes com silicatos máficos magnesianos, indica a cristalização sob condições de alta fO2, próximas ao tampão NNO. As estimativas de pressão forneceram um valor médio de 8,5 kbar, que corresponde a uma profundidade aproximada de 30 km. As temperaturas liquidus, obtidas com as composições de piroxênios e anfibólios, variam de 1.261 a 831°C. Temperaturas solidus, estimadas com o par anfibólio-plagioclásio, situam-se entre 775 e 614°C. Dados de química mineral e estimativas termobarométricas sugerem que as rochas do Maciço Capela cristalizaram-se a partir de magmas basálticos hidratados, em ambiente de arco continental.

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