Abstract
“The displaced person” (1954), conto da escritora norte-americana Flannery O’Connor, problematiza a questão do acolhimento de refugiados através do desen-cademento de zonas de conflito desmascaradores de feridas interculturais e sociais. Para além das decisões políticas, existe a mais difícil conciliação de vontades, pro-piciadora da transformação do refugiado em homo sacer, pelo não reconhecimento dos seus direitos, ou em força de trabalho a explorar. A hospitalidade convertida numa travessia de perigosidades várias constitui-se, assim, como topos privile-giado deste conto. O presente ensaio debruça-se sobre as irradiações resultantes das especificidades que a condição de refugiado implica tal como percecionado por Flannery O’Connor através de “The displaced person”
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