Abstract

Objetivo: Compreender como as práticas de gestão de riscos implementadas no contexto de uma Universidade Federal brasileira se configuraram às recomendações dos frameworks internacionais, e seu alcance como mecanismo de controle da governança pública. Método: O arranjo adotado parte da síntese das práticas de gestão de riscos recomendadas no modelo do Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO), o COSO ERM, e na Norma ISO 31000:2018. Trata-se um estudo de caso, de natureza descritiva e abordagem qualitativa. A coleta dos dados ocorreu por meio de pesquisa documental e entrevistas. Os resultados foram analisados utilizando a técnica da análise de conteúdo. Originalidade/Relevância: O estudo aprofunda o processo de implementação da gestão de riscos na microdinâmica organizacional de uma entidade do setor público, lacuna identificada na literatura devido aos poucos estudos realizados com a perspectiva de refletir a articulação prática dos frameworks internacionais e sua complexidade inerente, no contexto brasileiro. Resultados: Considerando as 12 práticas de gestão de riscos investigadas, 8 estão em consonância àquelas recomendadas nos frameworks internacionais (66% de aderência). Dentre as práticas convergentes, destaca-se a integração da gestão de riscos ao planejamento estratégico institucional. Por outro lado, há práticas que ensejam aperfeiçoamento, como o envolvimento ativo da alta administração. Contribuições Teóricas/Metodológicas: Ampliam-se as discussões sobre a gestão de riscos no setor público, onde é imperativo o rompimento de certos paradigmas (cultura de conformidade) em resposta às demandas dos stakeholders por boas práticas de governança e accountability.

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