Abstract
Durante a execução das demarcações de fronteira determinadas pelo Tratado de Santo Ildefonso (1777), as relações comerciais legais e ilegais realizadas por portugueses, espanhóis e populações indígenas nas fronteiras amazónicas envolveram diferentes produtos e atores. Esse comércio foi especialmente importante para abastecer de víveres a comissão espanhola. Além disso, os protestos contra o contrabando luso-espanhol nas fronteiras amazónicas indicam o papel desempenhado por autoridades locais nessa atividade. A partir de evidências em documentação portuguesa e espanhola, este artigo analisa a presença das redes de comércio e contrabando envolvendo as zonas amazónicas da Audiência de Quito e o Estado do Grão-Pará e Rio Negro durante as décadas finais do século XVIII.
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