Abstract

A partir de uma metodologia on-line, examinou-se a compreensão de textos em crianças de 7 e 9 anos em relação a diferentes tipos de inferências estabelecidas durante a leitura de uma história: inferências causais, de estado e de previsão. A metodologia on-line consiste na leitura interrompida do texto, sendo feitas perguntas inferenciais sobre cada passagem lida e sobre o que o leitor acha que virá a seguir (previsão). Verificou-se que as inferências de previsão envolvem informações extratextuais e requerem a formulação de hipóteses sobre a continuidade da narrativa; gerando, nas crianças, certa dificuldade em prever eventos que estão por acontecer. Conclui-se que a capacidade de estabelecer inferências durante a leitura de um texto varia em função da natureza da informação inferencial solicitada, e que esta capacidade se desenvolve com a idade. Dicute-se o caráter inovador da metodologia on-line de investigação e sua relevância para a pesquisa na área.

Highlights

  • This study, by means of using an on-line methodology, examined 7 and 9-year-old childrens text comprehension in relation to different types of inferences constructed during a story reading task: causal inferences, state inferences and inferences of prediction

  • O modelo situacional é uma representação mental que corresponde às elaborações do leitor, formadas a partir

  • A dificuldade com a pergunta P7 (Qual era a notícia que Baratinha ia dar?) pode ter decorrido do fato dessa pergunta ter sido feita ao final da Parte 3, e que até aquele momento só haviam sido apresentadas informações relativas à introdução da história e um esboço do evento principal e da trama

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Summary

Partes do texto

Parte 1 Pedrinho chegou da escola feliz da vida. Não tinha nenhuma lição naquele dia. (estado) P4: Em que parte da casa Pedrinho estava enquanto conversava com a sua mãe? Comentário: A resposta apropriada seria sexta- feira, mas a criança responde quarta-feira, por se tratar do dia em que a entrevista foi realizada; ou seja, sua resposta está em desacordo com as informações do texto. Em relação às Perguntas Causais, em ambas as idades, a maior concentração de respostas encontra-se na Categoria III, como confirmado pelo Teste U de Mann-Whitney que não detectou diferenças significativas entre as idades (U=179,5, p= .5461). Diferentemente das Perguntas Causais e de Estado, nas Perguntas de Previsão, o segundo tipo mais freqüente de respostas concentra-se na Categoria I (7 anos: 35,8%, e 9 anos: 10%), sugerindo que para este tipo de pergunta as crianças de ambos os grupos tendem mais a não responder do que a responder de forma «improvável» (Categoria II). As crianças nos dois grupos tendem igualmente a dar respostas coerentes e prováveis para os três tipos de inferências

Considerações Específicas sobre cada Tipo de Pergunta Inferencial
Seu Nicolau a não vender o terreno?
Findings
Conclusões e Discussão
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