Abstract

O objetivo deste estudo foi determinar a qualidade sensorial de café (Coffea arabica) descafeinado e integral, os níveis de compostos bioativos, antes e após a torração, e a estabilidade destes após a extração da bebida. A análise sensorial foi realizada por meio do método oficial brasileiro de classificação do café. As análises de cafeína, trigonelina e ácido clorogênico foram realizadas por cromatografia líquida de alta eficiência. O delineamento experimental foi o inteiramente ao acaso, em parcelas subdivididas com quatro tipos de café, cinco tempos de análise e três repetições. Na análise sensorial, foi observado que as características sensoriais, presentes na amostra integral, foram perdidas após o processo de descafeinação. Na variável concentração de trigonelina, não houve diferença significativa entre as amostras integrais e descafeinadas. As concentrações para as amostras de café descafeinado verde e integral torrado não foram alteradas após 4 horas de extração. Houve redução significativa na concentração do ácido clorogênico após a torração, após o processo de descafeinação, e com o decorrer do tempo de extração. Quanto à cafeína, não houve diferença significativa após a torração e nem com o passar do tempo após a extração. A descafeinação e a torração afetaram a qualidade sensorial do café e alteraram a concentração dos compostos bioativos.

Highlights

  • O café é uma bebida de grande popularidade, consumida mundialmente, com aroma e sabor característicos

  • Os resultados encontrados foram semelhantes para todos os provadores

  • Revista Brasileira de Armazenamento, v.26, p.17‐24, 2001

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Summary

Material e Métodos

Foram utilizadas amostras de café arábica (Coffea arabica L.), provenientes da safra 2006/2007, fornecidos por uma empresa de comercialização de São Paulo (Brasil). As amostras de café foram torradas em torrador de laboratório (Probat modelo BRZ 6 ‐ Brasil), no grau de torração médio. As fases móveis utilizadas foram filtradas em sistema Millipore de filtração a vácuo, com membranas de 0,22 μm (Millipore), e degaseificadas por 30 min antes de sua utilização, em degaseificador Shimadzu, modelo DGU‐2A. A análise sensorial foi realizada por meio do método oficial brasileiro de classificação de café pela bebida, segundo a Instrução Normativa no 8, de 11 de junho de 2003, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, conhecido como “prova-da-xícara” (Brasil, 2007). Para a determinação dos teores de cafeína, trigonelina e ácido clorogênico (ácido 5‐cafeoilquínico), foram utilizados procedimentos de extração com água quente, segundo Vitorino et al (2001), com 0,5 g de café torrado e moído e 100 mL de água destilada. As análises estatísticas foram feitas pelo programa SISVAR (Ferreira, 2000)

Resultados e Discussão
Trigonelina Ácido clorogênico
Integral Verde
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