Abstract

Sementes de Archontophoenix alexandrae extraídas de frutos coletados no Parque Estadual da Cantareira, São Paulo, foram analisadas quanto à composição química, ao perfil de ácidos graxos do óleo e aos teores de minerais, visando avaliar o seu potencial alimentício. Detectaram-se alto teor de fibras alimentares (38,80% p/p) e umidade (47,72% p/p). Na fração oleosa, apesar do baixo conteúdo de óleo encontrado (2,74% p/p), predominaram os ácidos palmítico (19,80% p/p), entre os saturados, e oléico (42% p/p) e linoléico (13% p/p), quanto aos insaturados. A presença, no óleo, de alfa-tocoferol (vitamina E) equivalente a 4,0 mg 100 g-1 e de delta-tocoferol (1,8 mg 100 g-1) confere ao óleo certa estabilidade oxidativa. Embora contendo minerais como K, P, S, Ca, Fe, Zn, Se e Cu, lipídios e fibras alimentares, a presença do elemento Pb (2,74 mg kg-1) inviabiliza o consumo dessas sementes como alimento da avifauna e sinaliza contaminação antrópica no local de coleta.

Highlights

  • (42% w/w) and linoleic (13% w/w) among the insaturated oil fraction

  • Wendl. & Drude, da família Arecaceae, foi introduzida no Brasil como planta ornamental, onde hoje é mais comumente encontrada nas Regiões Sul e Sudeste, apresentando-se como uma espécie alternativa à produção de palmito, seja pelo esgotamento das reservas naturais de Euterpe edulis Mart., da Floresta Atlântica, ou pela contínua extração de Euterpe oleracea Mart., da Floresta Amazônica

  • Verificaram-se altos teores de substâncias voláteis, fibras alimentares e de carboidratos na semente de A. alexandrae (Quadro 1)

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Summary

INTRODUÇÃO

Originária da Austrália, a palmeira Archontophoenix alexandre H. M. laeve perde o amido armazenado no estipe à época da floração, ocasião em que esse material é translocado, visando à formação de frutos (ALVES e DEMATTÊ, 1987). F., o buriti, é um exemplo de palmeira que apresenta o parênquima medular rico em açúcares e os frutos com polpas ricas em carboidratos (10,6 a 13,2 g 100g-1) e vitamina C (19,3 a 20,7 mg 100 g-1), conforme estudo de Tavares et al (1996). Com respeito à composição química dos frutos de A. alexandrae, particularmente do mesocarpo, pouco se conhece das palmeiras. A interação entre A. alexandrae e a avifauna local é evidente, indicando que os frutos dessa palmeira contribuem como recurso alimentar à fauna passeriforme, contemplando o processo de dispersão natural dessa espécie. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a composição química e o potencial das sementes de A. alexandrae como alimento da avifauna local e como matéria-prima industrial

MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
Findings
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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