Abstract

O experimento foi conduzido para avaliar o comportamento ingestivo de ovinos alimentados com dietas contendo farelo de cacau. Foram utilizados 16 ovinos Santa Inês fêmeas, não-gestantes e não-lactantes, com peso corporal médio de 25 kg e aproximadamente 12 meses de idade, mantidos em baias individuais. O farelo de cacau foi fornecido no concentrado nos níveis de 0, 10, 20 e 30% e, como volumoso, utilizou-se feno de mandioca. As dietas foram fornecidas em mistura completa, na proporção 50:50 volumoso:concentrado. Os tempos de alimentação, ruminação e ócio obtidos em 24 horas de observação foram semelhantes. Contudo, os animais que consumiram dietas com maiores níveis de farelo de cacau, acima de 14,8% de substituição no concentrado, reduziram o número de bolos ruminados por dia, que foi compensado pelo aumento do tempo de mastigações por bolo. Os consumos de matéria seca (MS) e fibra em detergente neutro (FDN) e a eficiência de alimentação (g MS e FDN/hora) não foram influenciados pelos níveis de farelo de cacau na dieta, entretanto, esse alimento provocou alterações na eficiência de ruminação (g MS e FDN/bolo). O número de mastigações merícicas por bolo ruminado aumentou linearmente, enquanto o número de mastigações por dia apresentou comportamento quadrático, com valor máximo de 42.818,4 mastigações diárias para o nível de 16,9% de farelo de cacau. Embora não se tenha verificado diferença nos consumos de MS e FDN (kg/dia), a inclusão de farelo de cacau em dietas para ovinos Santa Inês afetou alguns parâmetros do comportamento ingestivo.

Highlights

  • O estudo do comportamento ingestivo tem recebido atenção crescente de pesquisadores das áreas de Produção e Nutrição Animal (Miranda et al, 1999; Burguer et al, 2000; Carvalho et al, 2004; Silva et al, 2004, 2005a; Carvalho et al, 2006a; Carvalho et al, 2007)

  • Entre os alimentos concentrados mais utilizados na alimentação animal, tanto de ruminantes como de monogástricos, destacam-se o milho e o farelo de soja, pois ambos formam uma excelente combinação de energia e proteína de alto valor biológico

  • Carvalho et al (2006a) alertaram que as condições de alimentação podem modificar os parâmetros do comportamento ingestivo, uma vez que as propriedades físicas e químicas dos subprodutos diferem das plantas forrageiras

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Summary

Revista Brasileira de Zootecnia

Comportamento ingestivo de ovinos Santa Inês alimentados com dietas contendo farelo de cacau. Os animais que consumiram dietas com maiores níveis de farelo de cacau, acima de 14,8% de substituição no concentrado, reduziram o número de bolos ruminados por dia, que foi compensado pelo aumento do tempo de mastigações por bolo. Os consumos de matéria seca (MS) e fibra em detergente neutro (FDN) e a eficiência de alimentação (g MS e FDN/hora) não foram influenciados pelos níveis de farelo de cacau na dieta, entretanto, esse alimento provocou alterações na eficiência de ruminação (g MS e FDN/bolo). Embora não se tenha verificado diferença nos consumos de MS e FDN (kg/dia), a inclusão de farelo de cacau em dietas para ovinos Santa Inês afetou alguns parâmetros do comportamento ingestivo

Ingestive behavior of Santa Inês sheep fed diets with cocoa meal
Material e Métodos
Resultados e Discussão
Consumo de MS em
Refeição Ruminação Ócio
MS FDN
Findings
Literatura Citada
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