Abstract

Objetivou-se, neste trabalho, comparar a estrutura fitossociológica e verificar a similaridade dos estratos adulto e regenerante em uma antiga lavra de mineração. Para a amostragem da vegetação arbórea, foram alocadas em um transecto de 50×100 m, 50 parcelas de 10×10 m onde foram amostrados todos os indivíduos vivos com diâmetro a 0,3 m do solo ≥ 3 cm (DAS30≥ 3 cm). A regeneração natural foi amostrada em subparcelas de 2 x 2 m e 5 x 5 m, onde foram amostrados plantas com 0,1 m ≤ altura < 0,5 m e 0,5 m ≤ altura <1,50 m, respectivamente, estando as subparcelas localizadas no canto superior direito das 50 parcelas permanentes de 10 x 10 m, sendo amostrados indivíduos com DAS30≤ 3 cm e altura superior a 10 cm. Foram amostrados para as comunidades adultas e regenerantes 1262 indivíduos, distribuídos por 21 famílias e 45 espécies. O índice de Shannon Weaver (H'), para os estratos adultos e regenerantes foram, respectivamente: 2,18 nats.ind-¹ e 2,73 nats.ind-¹. As espécies com o maior índice de regeneração natural foram Lavoisiera montana (14,28%); Lavoisiera pectinata (14,26%); Microlicia isophylla (14,13%); Baccharis elliptica (10,71%); Baccharissp 1 (7,15%) e Cambessedia menbranaceae (3,63%). As espécies que se destacaram em relação aos valores de importância no estrato adulto foram Lavoisiera montana(28,59%); Eremanthus erythropappus (29,98%); Microlicia isophylla (5,87%); Pseudobrickelliasp (5,26%); Baccharis elliptica (5,18%) e Palicourea rigida(4,31%). O índice de similaridade de Jaccard entre o estrato regenerante e adulto foi de 69,56%. O estudo permitiu conhecer as principais diferenças florísticas e estruturais dos estratos estudados contribuindo para o conhecimento das principais espécies colonizadoras desse ambiente.

Highlights

  • A Serra do Espinhaço é uma cadeia montanhosa que atravessa de norte a sul os estados da Bahia e de Minas Gerais

  • Foram inventariados na área minerada para as comunidades regenerantes e adultas um total de famílias e 45 espécies representados por 1262 indivíduos

  • Brazilian Journal Biology, São Paulo, v. 66, n. 2B, p. 587-602, 2006

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Summary

MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi realizado em uma área de campo rupestre, no Parque Estadual do Biribiri, Diamantina, Minas Gerais, na Serra do Espinhaço Meridional situada nas coordenadas UTM 649039,72E e 7987046,96S. Para o estudo quali-quantitativo da comunidade arbustivo-arbórea selecionou-se uma área de lavra de mineração (garimpo) de diamante desativada minerada, segundo dados do Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Diamantina (dados não publicados), no período colonial e não há relatos de atividades antrópicas, posteriormente à mineração. Foi usado o método das parcelas de tamanho diferenciado para cada uma das classes de tamanho, adaptação da metodologia adotada por Finol (1971). Os parâmetros utilizados para análise da estrutura da regeneração natural foram densidade, frequência, classe de tamanho absoluta e relativa, e índice de regeneração natural (FINOL, 1971). A estrutura da comunidade arbórea (DAS30 ≥ 3 cm) foi descrita por meio dos cálculos dos parâmetros fitossociológicos: densidade, frequência e dominâncias absoluta e relativa e o índice de valor de importância (IVI), além da diversidade e equabilidade Wiener e Pielou) (JACOBI et al, 2008; MESSIAS et al, 2012; MUELLER-DOMBOIS; ELLENBERG, 1974)

RESULTADOS E DISCUSSÃO
AD RN
Findings
Total parcial

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