Abstract

Este artigo é uma tentativa de dar conta dos últimos parágrafos do Tractatus onde Wittgenstein afirma que nenhuma sentença do livro faz qualquer sentido. O leitor é convidado a aceitar isso como uma consequência de se compreender o próprio autor, o que é claramente paradoxal. Eu tento mostrar aqui que isto é apenas aparentemente paradoxal, e que devemos reconhecer uma noção vaga e inarticulada de “jogo de linguagem” como uma espécie de pano de fundo para o Tractatus como um todo. Os jogos de linguagem não precisam fazer sentido em termos tractarianos para que sejam jogados, e possuem efeitos de muitos tipos diferentes. Um deles, por exemplo, poderia perfeitamente ser aquele de permanecer em silêncio sobre o que não se pode dizer, e analisar a linguagem de acordo com certas linhas gerais de conduta.

Highlights

  • The paper is an attempt to come to terms with the last paragraphs of the Tractatus, where Wittgenstein says that no single sentence of that book makes any sense at all

  • Podemos imaginar a existência de uma máquina capaz de reconhecer sequências sintaticamente admissíveis de sinais do português, distinguindo-as de sequências que não pertencem à língua

  • Esses robôs seriam capazes de fazer compras, entabular uma conversa sobre o tempo, sobre a situação política do país ou sobre a existência de Deus

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Summary

Introduction

The paper is an attempt to come to terms with the last paragraphs of the Tractatus, where Wittgenstein says that no single sentence of that book makes any sense at all. A descrição completa dos jogos de linguagem não conteria, segundo o Tractatus, nenhuma descrição do sentido das proposições, nem poderia conter uma descrição daquilo que faz com que determinados sinais linguísticos façam sentido, enquanto outros não fazem sentido nenhum.

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