Abstract

Resumo A partir do poema “Abre-te boca e proclama”, do livro Lira paulistana (1945), de Mário de Andrade, este artigo analisa a relação entre produção intelectual e censura na Era Vargas, como um dos ecos da Segunda Guerra Mundial no contexto brasileiro. A Era Vargas foi marcada por um governo autoritário que recorreu à censura e à propaganda para manter seu funcionamento político populista por meio da cooptação de intelectuais para compor o funcionalismo público. Exercendo uma dupla função, muitos autores utilizaram de diferentes artifícios para publicarem suas obras ou fizeram uso das diferentes formas de silenciamento para conciliarem suas funções, pois o Estado era, também, o caminho possível para a realização do bem coletivo. Desse modo, a escrita literária necessitava de cautela e sabedoria para ser, ao mesmo tempo, uma arma contra o governo Vargas, e um caminho para a democratização da cultura no país.

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