Abstract

OBJETIVO: avaliar o resultado da técnica da colpossacrofixação (CSF) para tratamento de pacientes que apresentaram prolapso de cúpula vaginal pós-histerectomia e que foram tratadas no período de 1995 a 2000. MÉTODOS: foram incluídas, retrospectivamente, 21 pacientes com prolapso de cúpula vaginal pós-histerectomia e correção prévia de cistocele e retocele. Foram analisados a idade, paridade, peso e índice de massa corpórea (IMC) o intervalo entre a histerectomia e o aparecimento do prolapso. A colpossacrofixação foi realizada em 15 pacientes, das quais se avaliaram o tempo cirúrgico, perda sangüínea e recidiva. As pacientes submeteram-se a CSF com ou sem interposição de prótese de material sintético entre a cúpula vaginal e o sacro. RESULTADOS: para 15 das 21 pacientes acompanhadas em nosso serviço, a técnica de CSF foi a de eleição. Em um caso houve dificuldade técnica intra-operatória e optou-se pela correção a Te Linde. A média de idade das pacientes foi de 63,7 (47 a 95 anos), paridade 4,6 e o IMC 26,9. A CSF foi realizada, em média, 18 anos após histerectomia total abdominal e 3 anos após histerectomia vaginal. O tempo cirúrgico médio foi de 2 horas e 15 minutos, sem necessidade de transfusão sanguínea. Não houve recidiva do prolapso ou dos sintomas pré-operatórios (seguimento de 1 a 5 anos). CONCLUSÕES: o tratamento cirúrgico do prolapso de cúpula vaginal pode ser realizado pela via vaginal (colpocleise ou fixação ao ligamento sacroespinhoso) e pela via abdominal (colpossacrofixação). Esta última apresenta a vantagem de restaurar o eixo vaginal preservando sua profundidade, o que, além de melhorar o prolapso, permite o restabelecimento das funções sexuais, intestinal e urinária (principalmente quando associada a colpofixação - Burch). Assim, quando o diagnóstico e tratamento são adequados e a equipe cirúrgica tem pleno conhecimento da anatomia pélvica, podemos afirmar que a CSF atinge seu objetivo no tratamento do prolapso de cúpula vaginal, com excelente correção e mínima morbidade.

Highlights

  • Methods:we studied retrospectively 21 patients with posthysterectomy vaginal vault prolapse with previous correction of cystocele and rectocele

  • An analysis was made taking into account the average age of the patients, number of parturitions, weight, body mass index (BMI), time between the appearance of the prolapse and the hysterectomy, duration of surgery, blood loss and recurrences

  • Results:of the patients attended in our service, 15 used the abdominal sacropexy (ASP) technique and in one case, due to intra-operational difficulties, the Te Linde correction was used

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Summary

Abdominal Sacropexy to Repair Vaginal Vault Prolapse

Eliana Viana Monteiro Zucchi, Léa Mina Kati, Manoel João Batista Castello Girão, Marair Gracio Ferreira Sartori, Edmund Chada Baracat, Geraldo Rodrigues de Lima. Objetivo: avaliar o resultado da técnica da colpossacrofixação (CSF) para tratamento de pacientes que apresentaram prolapso de cúpula vaginal pós-histerectomia e que foram tratadas no período de 1995 a 2000. Symonds et al.[4], demostraram que, em 39% das mulheres com prolapso de cúpula, este ocorreu nos primeiros dois anos pós-histerectomia, 24% depois de dez anos e 37% mais de dez anos após a cirurgia, seja a histerectomia total abdominal ou a realizada pela via vaginal. Desde 1954 foram descritas cerca de 43 técnicas diferentes para correção do prolapso de cúpula, usando via vaginal, abdominal ou laparoscópica, com resultados variáveis[8]. Este estudo tem por objetivo avaliar, retrospectivamente, as pacientes com prolapso de cúpula vaginal operadas neste serviço, de 1995 a 2000, pela técnica de colpossacrofixação, bem como analisar as vantagens dessa opção terapêutica

Pacientes e Métodos
Tipo de Cirurgia
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