Abstract
Este artigo aborda a classificação das relações entre os gestores dos Pontos de Cultura e seus stakeholders no Grande Recife. Para isto, tem como base teórica a tipologia de stakeholders de Mitchell, Agle e Wood, que trata das relações de poder, legitimidade e urgência. A ARS - Análise de Redes Sociais foi empregada para dar suporte metodológico ao cabedal teórico da tipologia de stakeholders. Partiu-se das hipóteses de que as técnicas de ARS permitem observar as relações entre stakeholders e os seus papéis na percepção de diferentes gestores, e que os gestores percebem stakeholders, os quais constituem uma rede caracterizada por agrupamentos de laços fortes e atores centrais. Foram utilizadas técnicas de ARS e um questionário para avaliar as relações de poder, legitimidade e urgência na rede. De maneira geral, os stakeholders dos Pontos de Cultura analisados são atores vistos como legítimos nos níveis individual, organizacional e social, são ativos na busca de atenção dos gestores e têm alta influência simbólica. Após o mapeamento da rede dos Pontos de Cultura do Grande Recife, foi possível observar que ela é amplamente caracterizada pela presença de relações de legitimidade, fazendo com que muitos atores sejam classificados como stakeholders discricionários.
Highlights
This article discusses the classification of relationships among managers of Pontos de Cultura and its stakeholders in Greater Recife
Os Pontos de Cultura são resultado de uma política pública nacional de reconhecimento da cultura popular que está amparada no Estado de Pernambuco, por intermédio de uma parceria entre o Ministério da Cultura e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE)
Os Pontos de Cultura são projetos criados por organizações da sociedade civil que recebem recursos do Fundo Nacional de Cultura (DOMINGUES; SOUZA, 2009), e seus fundadores ou líderes são aqui denominados de gestores
Summary
Este artigo aborda a classificação das relações entre os gestores dos Pontos de Cultura e seus stakeholders no Grande Recife. Tem como base teórica a tipologia de stakeholders de Mitchell, Agle e Wood, que trata das relações de poder, legitimidade e urgência. A ARS – Análise de Redes Sociais foi empregada para dar suporte metodológico ao cabedal teórico da tipologia de stakeholders. Partiu-se das hipóteses de que as técnicas de ARS permitem observar as relações entre stakeholders e os seus papéis na percepção de diferentes gestores, e que os gestores percebem stakeholders, os quais constituem uma rede caracterizada por agrupamentos de laços fortes e atores centrais. Após o mapeamento da rede dos Pontos de Cultura do Grande Recife, foi possível observar que ela é amplamente caracterizada pela presença de relações de legitimidade, fazendo com que muitos atores sejam classificados como stakeholders discricionários.
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