Abstract

Western colonialism influenced the encounter between traditional and modern knowledge from the nineteenth century onwards, resulting in the overlapping of Western medicine as a privileged form of knowledge. In 1958 the hybridization between Chinese and Western medicines became official under the name of traditional Chinese medicine and, through the development of biomedical research on acupuncture, it distanced itself from traditional knowledge. This essay presents historical changes experienced by Chinese medicine/acupuncture and discusses the effects of its absorption by modern medical reasoning from a postcolonial standpoint. The conclusion was that the scientism of Chinese medicine did not broaden its therapeutic potential and resulted in the loss of its epistemological authority.

Highlights

  • Embora a população da China reconhecesse socialmente a medicina clássica chinesa[1] como prática de atenção à saúde, a ação colonialista ocidental na China favoreceu, no século XIX e início do século XX, perante a classe política chinesa, a sua gradual desqualificação cultural, teórica e prática.[2]

  • O objetivo deste texto é continuar e aprofundar a discussão já existente sobre a mudança na base teórica da medicina chinesa, focando a influência do encontro com a medicina ocidental na sua prática e como isso se reflete na padronização desse conhecimento produzido na China e disseminado no mundo todo

  • Essa imposição é evidenciada na crença da ciência moderna como única forma de produzir conhecimento e no discurso que afirma a superioridade científica da acupuntura médica em relação ao conhecimento clássico da medicina chinesa

Read more

Summary

Nelson Filice de Barros

Medicina chinesa/ acupuntura: apontamentos históricos sobre a colonização de um saber. Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.25, n.3, jul.-set. O colonialismo ocidental influenciou, a partir do século XIX, o encontro entre saberes tradicional e moderno, resultando na sobreposição da medicina ocidental como modo privilegiado de conhecimento. Em 1958 oficializou-se, sob o nome de medicina tradicional chinesa, a hibridização entre as medicinas chinesa e ocidental e, por meio do desenvolvimento da pesquisa biomédica sobre a acupuntura, cresceu o distanciamento do saber tradicional. Este ensaio aborda mudanças históricas sofridas pela medicina chinesa/ acupuntura e discute, sob a óptica pós-colonial, os efeitos de sua absorção pela racionalidade médica moderna. Palavras-chave: medicina tradicional chinesa; acupuntura; biomedicina; colonialismo

Apontamentos sobre o contexto político
Considerações finais
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call