Abstract

A ferrovia se constitui como uma rede urbana por excelência, uma vez que vários aglomerados urbanos são interconectados pelos trilhos. Essas cidades ou locais possuem centralidades distintas, definidas pelas funções e pela influência que exercem nessa rede bem como pela capacidade que têm de atrair os diversos fluxos (de mercadorias, passageiros, mensagens telegráficas). A centralidade da cidade ferroviária é tão maior quanto for sua capacidade de intensificar as interações espaciais e expandir seu raio de influência. O objetivo deste artigo é analisar a configuração da rede urbana formada pela Estrada de Ferro Recife ao Limoeiro, Timbaúba e Ramal Campina Grande. A análise do objeto a partir da Geografia Histórica Urbana se reflete na demarcação temporal definida e na condução da análise sincrônica-diacrônica, com ênfase nas fontes documentais consultadas, tais como: o Anuário estatístico do Brasil (1916, v. I, Território e População), Anuário estatístico do Brasil (1917, v. II, Economia e Finanças), Anuário de Campina Grande (1925), Anuário estatístico da Parahyba do Norte (1918), Coleção das Leis do Império (1873 e 1876), Coleção das Leis da República (1902), Coleção de mapas históricos de David Rumsey (1908), Estatísticas das estradas de ferro da União e das fiscalizadas pela União (1906, 1907, 1910,  1913, 1914, 1917 e 1922) e os Relatórios do Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas (1902, 1905, 1906, 1907, 1910, 1911 e 1915). Conclui-se que a implantação da ferrovia impulsionou ou consolidou a centralidade das cidades que compõem a linha férrea estudada.

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