Abstract

Este ensaio se oferece como um exercício de escrita feito a quatro mãos como aposta política numa escrita coletiva e, também, apenas a duas mãos, como uma aposta e defesa da solidão da escritura. Ensaio composto por fragmentos que se enunciam na sua força expressiva como “cenas” que talvez permitam pensar a educação na diferença. Expressão de um bom encontro produzido entre duas professoras de universidades públicas - brasileira e argentina-que, atuando na formação de professores inicial e continuada ainda se perguntam pela possibilidade de criação de uma cena educativa outra na qual se sacudam as práticas da mesmidade para apostar na irredutível irrupção de experiências contra hegemônicas. As cenas aquí apresentadas são um efeito de nossas inscursões por diversas escolas públicas argentinas e brasileiras, conversas entre professores de universidades e escolas básicas e entre professores e alunos em formação, entre escolas e familias. Cenas que inspiram um ensaio que longe de apresentar resultados supostamente objetivos das nossas investigações, mantém as preguntas e o campo problemático ascesso encharcado de interrogações, irrupções e surpressas. Nada para ser seguido como modelo. Nada para ser contabilizado como dado. Apenas cenas entre educação e diferença. A primeira cena abre a pergunta: o que faz a escola com a diversidade? A figura escolhida para esta problematização é a do “desengonçador”. A segunda cena se apresenta como uma crónica na qual o espaço da formação e a condição irredutível da diferença são testados e tensionados cotidianamente como um exercicio de invenção do nome dos outros.

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