Abstract

Este artigo é uma reflexão sobre as potencialidades estéticas dos arranjos disposicionais queconstituem as cenas de insurgência do movimento secundarista, que ocupou as ruas e as escolasde São Paulo em 2015. A proposta é pensar sobre a fabulação estética do movimento nos protestosde rua, olhando para as criações dos próprios estudantes, por meio de performances, cartazes eintervenções. Essas reflexões partem do diálogo entre Foucault, Rancière e Deleuze sobre aformação do sujeito político nas resistências. O texto aposta em uma potencialidade da experiênciaestética para a emancipação política do sujeito, bem como a potência das criações que envolvem abricolagem e as urgências da resistência. Ele aponta ainda para a construção da cena insurgentepor meio dos arranjos disposicionais que ela provoca, atentando também para as vulnerabilidadesdos sujeitos envolvidos.

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