Abstract

Como Fox e Alldred (2020) consideram, o dualismo Cultura / Natureza forneceu aos filósofos, cientistas e cientistas sociais pós-iluministas uma maneira elegante de estabelecer limites para as respectivas preocupações das ciências sociais e naturais (ver também Barad, 2007; Braidotti, 2013; Fullagar et al., 2019). Este dualismo tem permitido a criação de distinções entre corpos e modos de estar no mundo “modernos” (leia-se “civilizados”) e “tradicionais” (leia-se “primitivos”). No entanto, quando questões pertencentes à incorporação do social são exploradas criticamente, a influência sobre o bem-estar do entorno construído, as transições climáticas e a pandemia de Covid-19 em curso começam a problematizar tais formas, como é argumentado nas últimas três décadas por autores com perspectivas feministas, pós-humanas, novo-materialistas e político-ecológicas, entre outras. Dando continuidade a um diálogo permanente iniciado em 2018 entre acadêmicos e ativistas da América Latina e Europa, organizamos o seminário online “Re-ligando o nexo natureza-cultura-corpo: práticas e epistemologias”. O evento virtual desenvolvido em duas partes explorou como os territórios inter-relacionados de saúde, atividade física e educação podem ser repensados a partir de perspectivas que desestabilizam as fronteiras ontológicas estabelecidas entre natureza, cultura e corpo, e suas possíveis articulações. Este artigo é a transcrição da segunda sessão, denominada “Cartografias do corpo em tempos de pandemia”, e apresenta os diálogos entre Alice del Gabbo, Carla Panico, Gianluca De Fazio, Alexandre Fernandez Vaz e Eduardo Galak, pesquisadores da Itália, Portugal, Brasil e Argentina.   Palavras-chave: Corpo; COVID-19; Educação; Atividade física; Cultura.

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