Abstract

O presente artigo tem como objetivo investigar uma dimensão particular de uma modalidade de carreira específica de pregação no interior do mercado pentecostal de pregações e testemunhos: a de “pregador-itinerante”. O “pregador-itinerante” vive do expediente de “dar seu testemunho” em igrejas e eventos, narrando episódios dramáticos de seu passado mundano e lutando por se inserir nas margens de um mercado religioso em expansão. Ao narrar sua história de vida pregressa, o “pregador-itinerante” a constrói como a dramatização de uma vida absolutamente nua, pura materialidade biológica, sem qualquer qualificativo ético-político. Partindo da análise do filósofo político Giorgio Agamben sobre os testemunhos dos sobreviventes dos campos de concentração nazistas, o presente artigo investiga como o testemunho do “pregador-itinerante” é elaborado em cima da exacerbação simbólica da “vida nua”, que se transforma em mercadoria a ser vendida no mercado religioso. Quanto mais “nua” a exposição da própria vida dilacerada, mais possibilidade de sedução e vida adquire.

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