Abstract

Avaliou-se a estrutura do dossel em pastagem de Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia sob lotação rotativa com três períodos de descanso (PD), definidos de acordo com o tempo para a expansão de 1,5; 2,5 e 3,5 novas folhas por perfilhos ao longo dos ciclos de pastejo. Estimaram-se as produções de massa seca de lâmina verde (MSLV), colmo verde (MSCV), de forragem morta (MSFM) e de altura; as relações folha-colmo (F/C), material vivo-morto (MV/MM), no pré e pós-pastejo; as taxas de crescimento da cultura (TCC) e acúmulo de forragem (TAC), a densidade populacional de perfilhos (DPP) no pré-pastejo e o índice de área foliar residual (IAFr). Com o avançar dos ciclos de pastejo, as diferenças entre os três períodos de descanso para as variáveis altura, produção de MSLV e MSCV foram acentuadas, especialmente no final do período experimental. A quantidade de MSFM se manteve semelhante dentro de cada período de descanso ao longo dos ciclos de pastejo, porém, na média dos ciclos de pastejo, o período de descanso para expansão de 3,5 folhas foi superior. As relações F/C e MV/MM foram maiores nos piquetes mantidos sob os períodos de descanso para expansão de 1,5 e 2,5 folhas em relação ao de 3,5 folhas. Os maiores valores para TCC e TAC foram obtidos nos piquetes mantidos sob períodos de descanso para expansão de 2,5 e 3,5 folhas. A densidade de perfilhos foi maior nos piquetes mantidos sob período de descanso para expansão de 2,5 folhas em relação ao de 3,5 folhas. O período de descanso para expansão de folhas é o mais indicado para o manejo de pastagens de Panicum maximum cv. Tanzânia com ovinos, pois permite a obtenção de boas produções de folhas em relação aos colmos sem comprometer a densidade populacional de perfilhos. Entretanto, com esse período de descanso, verifica-se aumento da altura pós-pastejo, a qual deve ser controlada por meio de roçada mecânica ou manual.

Highlights

  • A massa de forragem produzida em uma pastagem é resultado da combinação da produção de lâminas foliares, hastes e do número de perfilhos em determinada área (Hodgson, 1990), ao passo que o seu valor nutritivo depende de suas proporções e mesmo da idade fisiológica (Cândido et al, 2005c)

  • Differences among the períodos de descanso (PD) were acentuated toward the end of the experimental period for the variables canopy height, MSLV, and MSCV

  • The MSFM was not modified during the CPs in each PDs, but, averaging all the cycles, the 3.5 leaves PD pastures showed higher MSFM than the others

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Summary

Revista Brasileira de Zootecnia

Rodrigo Gregório da Silva, Magno José Duarte Cândido, José Neuman Miranda Neiva, Raimundo Nonato Braga Lôbo, Divan Soares da Silva. Tanzânia sob lotação rotativa com três períodos de descanso (PD), definidos de acordo com o tempo para a expansão de 1,5; 2,5 e 3,5 novas folhas por perfilhos ao longo dos ciclos de pastejo. A densidade de perfilhos foi maior nos piquetes mantidos sob período de descanso para expansão de 2,5 folhas em relação ao de 3,5 folhas. A pronta recuperação do dossel após pastejo está altamente correlacionada à produção de forragem, que depende do período de descanso, cuja duração deve garantir: restauração das reservas orgânicas (Fulkerson & Donaghy, 2001), área foliar residual (Brougham, 1956), interceptação luminosa pelo dossel (Korte et al, 1982), perda por senescência e respiração (Parsons et al, 1983) e número de folhas vivas por perfilho (Fulkerson & Slack, 1994). Tanzânia sob três períodos de descanso e suas implicações práticas no manejo das pastagens

Material e Métodos
Resultados e Discussão
Residual LAI
Literatura Citada
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