Abstract

Introdução: As feridas são um problema de saúde pública, com forte impacto na qualidade de vida. Consideram-se crónicas as que evoluem durante mais de seis semanas. As feridas crónicas mais frequentes são as de pressão, as vasculares e as de origem diabética, sendo as venosas cerca de 80% das vasculares. O presente estudo tem como objetivo caracterizar as feridas crónicas dos doentes da área de influência do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral (ACeS PL).Material e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, com uma componente analítica, e transversal, com uma amostra de conveniência constituída pelos doentes com ferida crónica, identificados pelos profissionais de enfermagem, quer no domicílio, quer nas salas de tratamento dos centros de saúde.Resultados: A prevalência de feridas crónicas na população estudada é 0,84/1000, sendo 1,01/1000 no sexo masculino e 0,69/1000 no feminino (p < 0,05). Os doentes com mais de 80 anos apresentam uma prevalência de 5,68/1000, que é mais elevada relativamente aos mais novos (p < 0,05). Em relação ao tipo de feridas, as de causa vascular são as mais frequentes (36%) e, destas, 77,7% são de origem venosa.Discussão e Conclusão: A taxa de prevalência de ferida crónica é ligeiramente inferior à encontrada noutros estudos que utilizam a mesma metodologia, sendo mais elevada nos homens e nas idades mais avançadas. Considera-se excessiva a proporção de úlceras de pressão das categorias III e IV, verificando-se algumas inconformidades no diagnóstico e tratamento das mesmas. Por isso, foi sugerida a criação de um grupo multidisciplinar de consultadoria e formação em feridas no serviço de saúde.

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