Abstract
A seqüência metavulcano-sedimentar do Grupo Serra do ltaberaba encerra várias ocorrências de ouro, das quais a de Tapera Grande é a melhor conhecida. Os principais tipos de mineralizações auríferas podem ser agrupados como: a) singenético, stratabound, com o ouro disseminado nas rochas metavulcanoclásticas básicas e intermediárias e nos metaexalitos (metacherts com sulfetos e turmalinitos) e b) epigenético, associados a veios de quartzo sulfetados, superimposto ao anterior ou geneticamente vinculados às zonas de cizalhamento. O primeiro tipo é caracterizado pela assembléia pirrotita e pirita com calcopirita subordinada e pela granulação muito fina do ouro livre, enquanto que no segundo tipo o ouro ocorre associado à calcopirita, covelina e calcosina, mas de modo subordinado, pois é mais comum sob a forma livre. Análises químicas revelaram que os teores de cobre, chumbo, zinco e prata são mais elevados nos minérios do tipo epigenético, enquanto no tipo singenético tem-se a presença de paládio e altos teores de tungstênio. Diferentemente do que comumente ocorre em depósitos similares, o arsênio não foi detectado em teores significativos.
Highlights
The metavolcanic-sedimentary sequence of the Serra do ltaberaba Group are host to several gold occurrences, the best known being Tapera Grande
Amostras de algumas das rochas analisadas por Fire Assay revelaram teores de ouro e prata variando de 0,07 ppm a 13,0ppm e de 1,0 a 1,9 ppm, respectivamente (BELJAVSKIS, 1988), indicando que o ouro está associado às zonas ricas em sulfetos, provavelmente como o ouro nativo, ou está em outras fases minerais silicáticas ou carbonáticas
- Paulo Beljavskis - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A - IPT - Cidade Universitária Armando Salles Oliveira - Butantã - Caixa Postal 7141 - 05508-901 - São Paulo, SP - Brasil. - Gianna Maria Garda - Instituto Geológico - SMA - Caixa Postal 8772 - 04301-903 - São Paulo, SP - Brasil. - Caetano Juliani - Instituto de Geociências - Universidade de São Paulo - Caixa Postal 20.899 - 01498-970 - São Paulo, SP - Brasil
Summary
A mineração do ouro no Estado de São Paulo foi uma importante atividade econômica nos primeiros anos do século XVII. No início da década de 80, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) envidou esforços na pesquisa mineral do território paulista, com diversos dos trabalhos tendo sido feitos para avaliação de algumas mineralizações de ouro (IPT, 1981a, 1981b, 1982a, 1982b, 1984, 1985, 1986), o que possibilitou o desenvolvimento de novos modelos metalogenéticos e petrogenéticos para o Grupo São Roque lato senSUo Estes destacaram uma estreita correlação regional entre as ocorrências de ouro e as áreas on-. Ocorreram mudanças significativas nos conceitos sobre a melalogenia e a petrologia do Grupo São Roque, tendo sido nOlada uma estreila correlação entre as ocorrências de ouro e as áreas onde afloram seqüências metavulcanosedimenlares do Grupo Serra do llaberaba, assim denominado por JULIANI et aI. A ocorrência de ouro Tapera Grande foi mapeada geologicamente e prospeclada em nível de semidelalhe e delalhe, permitindo a individualização de diversos corpos de rochas mineralizadas em ouro e a delimilação preliminar de colúvios auríferos (IPT, 1988; BELJAVSKIS, 1988)
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