Abstract

Introdução: Os comportamentos suicidas acarretam de forma inequívoca consequências tanto a nível da sociedade como no seio familiar. Estes comportamentos podem dividir‑se em atos suicidas (tentativas de suicídio e suicídio consumado) e comportamentos autolesivos, sendo estes importantes preditores de risco para o suicídio. O objetivo deste trabalho baseia‑se na caracterização sociodemográfica do doente internado por tentativas de suicídio e comportamentos autolesivos num período de seis anos (2008‑2013), na comparação destes comportamentos em função do sexo e na avaliação da evolução desses internamentos ao longo desses seis anos.
 Métodos: Utilizou‑se como fonte de dados os registos dos processos clínicos.
 Resultados: No período em estudo as tentativas de suicídio foram responsáveis por 13,1% de todos os internamentos enquanto os comportamentos autolesivos estiveram na origem de 0,9%. A maioria permanece internada por um período relativamente curto. Ambos predominam no sexo feminino, na faixa etária dos 31‑40 anos e no concelho de Viana do Castelo. Constata‑se que a maioria dos internamentos por tentativa de suicídio ocorre no mês de fevereiro e na Primavera, fruto de uma perturbação de adaptação. Os comportamentos autolesivos verificam‑se sobretudo em abril e outubro, no Verão, apresentando a maioria psicose afetiva. Em ambos os casos, a intoxicação é o método predominante, sendo os agentes psicotrópicos os mais usados. Em 2013 regista‑se o maior número de internamentos por tentativa de suicídio, não se registando nenhum internamento por comportamentos autolesivos.
 Conclusão: O presente estudo permite confirmar a importância das tentativas de suicídio e comportamentos autolesivos na saúde pública.

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