Abstract
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da cobertura de plástico sobre as características físico-químicas do mosto e do vinho da cultivar Moscato Giallo. Na safra 2006, um experimento em delineamento completamente casualizado foi realizado em vinhedo com cobertura de plástico impermeável, e sem cobertura como controle. De cada vinhedo, três microvinificações (20 L) foram elaboradas. Foram realizadas avaliações físico-químicas quanto ao: mosto - ºBrix, açúcares redutores, densidade, acidez total, ácido tartárico, ácido málico e pH; e vinho - densidade, graduação alcoólica, acidez total, acidez volátil, pH, extrato seco, açúcares redutores, cinzas, I 420, compostos voláteis e minerais. O mosto das videiras cobertas apresentou maior rendimento, porém, menor concentração de açúcares pelo fato de a maturação das uvas ter-se atrasado. Como conseqüência, os vinhos do cultivo protegido tiveram menor graduação alcoólica, embora tenham sido beneficiados pela sanidade das uvas, com a redução de acetato de etila e acidez volátil. O microclima da cobertura também restringiu a concentração de alguns minerais no vinho, principalmente P e K. A cobertura beneficiou a qualidade enológica, porém requer atraso na data de colheita, para as uvas atingirem adequada maturação fisiológica e tecnológica.
Highlights
The objective of this work was to evaluate the plastic overhead cover (POC) effect on must and wine composition of the cultivar Moscato Giallo
O restante do mosto foi colocado em recipientes de vidro com capacidade de 20 L, e a cada um deles foram adicionados 80 mg L-1 de SO2 e 0,03 mL kg-1 de enzima pectolítica; em seguida, foram encaminhados por decantação por 24 horas a 0°C
2. Os vinhos do cultivo protegido, como conseqüência do atraso na maturação, apresentam menor graduação alcoólica; porém, são beneficiados com a sanidade das uvas, o que reduz os níveis de acetato de etila e acidez volátil
Summary
O experimento foi conduzido na safra 2006, em Flores da Cunha, RS, distrito de Mato Perso (29°6'S, 51°20'W e altitude de 541 m), em vinhedos de vinícola com cultivar Moscato Giallo (clone VCR1), enxertada em portaenxerto 'Kober 5BB', com espaçamento de 3x0,9 m (3.703 plantas ha-1). O restante do mosto foi colocado em recipientes de vidro com capacidade de 20 L, e a cada um deles foram adicionados 80 mg L-1 de SO2 e 0,03 mL kg-1 de enzima pectolítica; em seguida, foram encaminhados por decantação por 24 horas a 0°C. Constatada pela análise da concentração de açúcar residual e pelo desprendimento de dióxido de carbono, foi feita uma trasfega a fim de se separar o vinho da borra. A análise dos minerais Ca, Mg, Fe, Cu e Zn presentes no vinho foi realizada por meio de absorção atômica, com um espectrofotômetro, enquanto o K, Na e Rb foram analisados por emissão de chama, e P por colorimetria (Meneguzzo et al, 2006). Os dados obtidos foram sumetidos à análise estatística de variância ANOVA, e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade
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