Abstract

Apesar da existência de muitas pesquisas sobre as Terras Pretas Arqueológicas, poucos são os trabalhos que têm procurado entender e esclarecer dúvidas sobre a gênese e o comportamento destes solos. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho foi caracterizar e classificar terras pretas arqueológicas de quatro sítios na Região do Médio Rio Madeira. Nesses locais, foram abertas trincheiras e os perfis caracterizados morfologicamente e amostrados. Foram realizadas as seguintes análises físicas: textura, argila dispersa em água, densidades do solo e das partículas, porosidade total e condutividade hidráulica saturada. As análises químicas constaram de: pH em água e KCl, cátions trocáveis, Al trocável, P disponível, acidez titulável (H+Al) e C orgânico, Al2O3 e Fe2O3 e SiO2 extraídos pelo método do ataque sulfúrico, e teor de C das substâncias húmicas. Para determinar óxidos de Fe foram utilizados o ditionito-citrato-bicarbonato (Fed) e o oxalato ácido de amônio (Feo). As análises mineralógicas das frações areia, silte e argila foram feitas por difratometria de raios-X. Os perfis foram classificados no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos como: Argissolo Vermelho Amarelo, Argissolo Acinzentado e Argissolo Amarelo. Os solos apresentaram horizonte A antrópico com características químicas e de profundidade semelhantes, sugerindo certa similaridade dos fatores antrópicos que promoveram sua formação. Os horizontes antrópicos de todos os perfis amostrados na região tinham caráter eutrófico e teores altos a muito altos de fósforo disponível, sempre maiores que os dos horizontes subjacentes. Sugere-se a inclusão do subgrupo antrópico no SiBCS.

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